Vacina contra HPV e combate à Dengue no PSF Paineiras

PSFPaineiras-02Out2015 (7)O início do período chuvoso já trouxe um alerta para as equipes da Secretaria Municipal de Saúde no combate à Dengue.

Enquanto de um lado equipes atuam no combate aos focos de larvas e mosquito, nas Unidades do Programa Saúde da Família o foco são as orientações passadas à população como a Sala de Espera promovida pela equipe da Epidemiologia juntamente com as ACSs, falando sobre a Dengue, e principalmente como combater a doença na sua própria casa.

Para os agentes, se cada um fizer a sua parte e eliminar os focos do mosquito em sua casa, já será um grande ponto a favor da população na prevenção à doença.

Segundo a coordenadora do PSF Paineiras, enfermeira Valéria Borges, outro tema que chamou a atenção, sendo uma ação de grande importância, foi a Campanha da Vacina HPV na Escola Estadual Clertan Moreira do Vale, onde foram vacinadas um total de 45 meninas de 9 a 13 anos, sendo realizado a primeira e segunda dose. “Vacinamos poucas meninas, onde muitas perderam o cartão, mas é uma pena que os pais dessas meninas não entendem a importância dessa vacina”, comentou a enfermeira.

De acordo com especialistas da FIOCRUZ, o  papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, possui mais de 100 tipos que podem infectar a pele e as mucosas de homens e mulheres, dos quais 40 estão relacionados às infecções genitais e anais. Sua principal forma de transmissão é pela via sexual, havendo ou não penetração. Algumas tipos do vírus provocam verrugas, sendo 90% dos casos provocados pelos tipos 6 e 11, ou lesões que tendem à regressão. Pelo menos outros 13 tipos podem produzir lesões com potencial de progressão para o câncer, tendo os tipos 16 e 18 presentes em cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero no mundo.

Estudos apontam que quase 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com o vírus em algum momento de suas vidas, frequentemente logo após o início da atividade sexual. A maioria das mulheres que tem contato com o HPV nunca apresentará doença, cerca de 5% das mulheres poderá apresentar alguma alteração no preventivo e 1% apresentará uma lesão com potencial de progressão para o câncer em alguns anos se deixada sem tratamento.

Com a intenção de diminuir o contágio por esse vírus é que o Ministério da Saúde iniciou a vacinação contra o HPV, que passou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos, idade em que se acredita que a maioria das meninas ainda não iniciou a atividade sexual e, portanto, ainda não teve contato com o HPV. “A imunização de mulheres mais maduras é menos eficaz porque muitas dessas mulheres já terão tido contato com o HPV e a vacina não é capaz de impedir que infecções já presentes acarretem numa lesão”, explica o responsável pelo setor de doenças do colo do útero do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fábio Russomano.